Identificando o rosto

Mesmo com o mínimo de informações, a maioria das pessoas consegue reconhecer um rosto humano.

Nossos cérebros foram construídos para identificarem rostos ao juntar elementos simples a que estamos ligados em particular, para detectar e nos dar um sentido às coisas, através da utilização da luz e sombra, criando um volume no que vemos.

Isso acontece dentro do Lóbulo Temporal, em um lugar chamado Giro Occipito Temporal Lateral.

Desde o nascimento, nosso cérebro é programado para buscar e lembrar rostos individuais a fim de nos identificarmos ao ambiente e pessoas que nos rodeiam.

Isso acontece mesmo quando vemos esse rosto de cabeça para baixo.

Vamos fazer um teste rápido.


Dê uma olhada neste rosto.



Ele parece normal para você?

Sabe identificar quem é?

Você reparou que os olhos e a boca estavam invertidos?



A maioria das pessoas não percebe isso. Porque quando se trata de rostos, seu cérebro é programado para o que ele espera ver.
Isso acontece muito em caricatura, quando a expectativa do cliente não condiz com o resultado. Cerca de 80% dos pedidos de correções em desenho são por conta disso.





Nosso cérebro não precisa de muitas informações para identificar um rosto. Às vezes, apenas alguns detalhes como uma forma do rosto ou uma característica facial diferente podem ser suficientes para permitir o reconhecimento.

Carlos Drummond de Andrade - ilustrador: Quinho
Esse tipo de observação é muito utilizado por profissionais de caricaturas em trabalhos enviados para Salões de Humor ou exposições, onde com o mínimo de informações procuram absorver a essência da pessoa desenhada, como no desenho ao lado.



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