O fim do Mito


Todas as pessoas, quando pequenas, exibem uma capacidade natural para o desenho. Em geral, esta habilidade costuma ser podada, ou pelos pais (impacientes ou céticos), ou até mesmo pelos colegas através de algum tipo de competitividade infantil.

Eu mesmo ouvi muito da minha mãe: "Arruma o que fazer. Desenho não é trabalho. Trabalhar é em escritório." E por aí vai.
Pensando nesse tipo de coisa, decidi começar a falar um pouco mais sobre o desenho e suas técnicas.

Muitas pessoas costumam afirmar que a pessoa que desenha possui um dom maravilhoso, como se fosse algo divino e especial. "Nossa, meu filho desenha bem desde que nasceu!"

Se dermos um lápis e um papel para uma criança de menos de 1 anos de idade, o lápis, antes de parar no papel, vai parar na boca dessa criança.
Veja a figura acima. Somente números, formando um rosto,
Identificando as formas e as comparando a números.

Na realidade, desenhar bem é uma questão de técnica somada à paciência e a muito, mas muito treino.

Em qualquer área da nossa vida, seja dirigindo, advogando, planejando, escrevendo, dançando, ou até mesmo desenhando, só se é bom após muita prática.

Desenhar não é nenhum dom milagroso, mas sim uma habilidade desenvolvida pelo artista.

Trata-se de um processo curioso, tão interligado à visão, que seria impossível separá-los.

A capacidade de desenhar depende da capacidade de observação do artista.

A grande jogada do desenho, não é ensinar rabiscar, mas ensinar a ver.

Então, se sabemos escrever, podemos desenhar. Basta sabermos enxergar as formas.


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